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Potenciômetro Linear e Logarítmico: Entenda As Diferenças

Conheça os tipos de potenciômetros e saiba como eles influenciam no timbre e controle do seu instrumento
No universo da luthieria e da eletrônica aplicada ao mundo da música e especialmente à guitarra, uma dúvida bastante comum está relacionada à diferença entre potenciômetro linear e logarítmico. Embora pareçam semelhantes à primeira vista, esses dois componentes possuem comportamentos distintos, especialmente ao serem usados para controle de volume ou tonalidade.

Neste artigo do Riff Roster criado por Brunão Andrade, versado em eletrônica especializada em amplificadores valvulados, será explicado de forma clara o que são esses potenciômetros, como funcionam, e qual deles deve ser escolhido para cada situação na construção ou modificação de guitarras e pedais de efeito. Siga o autor do post do Instagram.


O que é um Potenciômetro?

Antes de tudo, vale lembrar que um potenciômetro é um componente eletrônico responsável por ajustar uma determinada resistência elétrica. Ele é amplamente utilizado como controle de volume e tonalidade em guitarras, amplificadores e pedais.

É por meio do movimento do botão giratório que a resistência é alterada, afetando diretamente o sinal de áudio que passa por ele.

Contudo, existem dois principais tipos de resposta: linear e logarítmica.

Imagem de um potenciômetro


Potenciômetro Linear: Características e Aplicações

O potenciômetro linear, também identificado pela letra B em esquemas eletrônicos (ex: B250k), possui uma resposta de variação de resistência proporcional ao movimento do eixo. Isso significa que ao girar o botão até a metade, 50% da resistência total será aplicada.


Vantagens:

  • Controle previsível e suave em aplicações técnicas
  • Ideal para controles de tom em guitarras
  • Muito usado em pedais de modulação ou equalização


Desvantagens:

  • Pode não oferecer uma sensação natural ao controlar volume
  • Menos sensível em ajustes sutis de áudio
  • Em amplificadores o volume pode disparar muito rápido


Potenciômetro Logarítmico: Características e Aplicações

Já o potenciômetro logarítmico, geralmente marcado com a letra A (ex: A500k), foi desenvolvido para oferecer uma curva de resistência semelhante à percepção humana de volume. Ou seja, pequenas mudanças no início do giro produzem pouco efeito, mas as mudanças se intensificam mais próximo do final da rotação.


Vantagens:

  • Comportamento mais natural para controle de volume
  • Melhor resposta dinâmica na guitarra
  • A sensação de “limpar” o som ao baixar o volume é mais gradual


Desvantagens:

  • Pode ser mais difícil de encontrar em determinadas lojas
  • Menos intuitivo para usos técnicos ou de medição


Qual é o melhor potenciômetro para guitarra?

A resposta dependerá da função que o componente exercerá no circuito da guitarra.

  • Para controle de volume, o potenciômetro logarítmico (A) é o mais indicado. Ele oferece uma curva mais suave, condizente com a forma como ouvimos o som.
  • Já para controle de tom, o potenciômetro linear (B) tende a funcionar melhor, pois distribui a resposta de maneira mais previsível em relação à frequência.


Dica extra do Técnico:

Ao substituir potenciômetros em guitarras, é sempre recomendável verificar o valor (250k, 500k, 1M) além do tipo de curva (A ou B). Potenciômetros de 500k são usados frequentemente em guitarras com humbuckers, enquanto os de 250k são comuns em guitarras com single coils.


Conclusão

Saber diferenciar e escolher entre potenciômetro linear e logarítmico é fundamental para quem deseja modificar ou construir circuitos de guitarra com precisão. Uma escolha correta proporcionará um controle mais intuitivo, além de preservar as características tonais do instrumento.

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Este conteúdo foi desenvolvido para músicos que desejam aprofundar seus conhecimentos técnicos de forma clara e acessível.

Bruno Andrade

Bruno Andrade é guitarrista profissional desde 1999, luthier, versado em eletrônica em valvulados, produtor musical, musico de estúdio e colaborador Riff Roster.

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